8 ottobre 2010

Árvores na Idade Média: teixo, a planta do mal



Se para o homem da Idade Média a tília só tinha qualidades, o teixo apresenta demasiados defeitos. Ele não apenas cresce triste e solitário, mas está sempre verde, imutável, como se tivesse feito um pacto com o diabo para se tornar imortal.

Lendas e tradições o associam, como conta o historiador Michel Pastoreau, ao “outro mundo” e à morte, como revela seu nome em alemão (todesbaum) e em italiano (albero della morte). Essa árvore é encontrada nos cemitérios e é ligada a relatos de luto e suicídio. Em certas versões da história de Judas, depois de trair Jesus ele se enforca em um galho de teixo; em outras, em um galho de figueira.

Essa espécie provocava medo porque tudo nela é tóxico: folhas, frutos, caule e raízes. O suco de teixo era usado para fabricar venenos. No livro de William Shakespeare, o pai de Hamlet morre depois de ingerir uma substância feita com essa planta.

Foto: Isfugl

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